Colheita de Ervas

COLETA DOS VEGETAIS PARA BANHOS, SACUDIMENTOS E OUTRAS OBRIGAÇÕES DO RITUAL

No Candomblé quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã ou Olossain, que antes de entrar na mata saúda Ossaim (Orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de barro, mel, aguardente e moedas. Esse sarcedote que se dedica às folhas, nos cultos de Nação é o Babalossain, e ele usa seus dotes a cura, para preparação de amacis e feitura de santo no Candomblé.

No ritual do Umbanda, quem tem o conhecimento do uso e do preparo das ervas são os próprios Pais e Mães de Santo.

Se for possível coletar pessoalmente as ervas, o melhor horário será logo ao amanhecer.

É importante, que no instante em que forem colher as ervas, mentalizem e peçam para que, na finalidade desejada, possam usufruir todas as energias que estão contidas nestes vegetais.

De preferência a colheita deve ser feita em fases lunares positivas, devido a abundância de Prana.

Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Ossain que é responsável pelas plantas.

Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarregamos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo.

Evitar de usar ferramentas metálicas para a colheita, de preferência usar as próprias mãos, já que o metal, faz com que diminua o poder energético das ervas.

Normalmente do vegetal usamos folhas, flores, frutos, pequenos pedaços de caules, cascas, sementes e devemos evitar se possível o uso de raízes, pois estaríamos matando a planta.

Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, pois os mesmos são isolantes e protegem as plantas de energias nocivas durante o trajeto, pois estaremos passando por vários ambientes até chegarmos ao local onde usaremos as mesmas.

Lavar as ervas em água limpa e corrente.

Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho.

A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 tipo de ervas diferentes e afins com o tipo de banho.

Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.

Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (6:00 horas, 12:00 horas, 18:00 horas e 24:00 Horas), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarrego com ervas, quando uma entidade prescreve (normalmente um Exú).

Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria carga elétrica (estática) que podem anular parte ou todo o banho.

Após o banho é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos os restos de ervas que ficaram sobre nosso corpo, juntamos com a que ficou no chão e despachamos em algum local de vibração da natureza, como por exemplo: num rio, no mar, numa mata ou até mesmo numa água corrente.

CUIDADOS: Nenhum banho deve ser jogado sobre a cabeça, exceto os de ervas ou essências de Oxalá ou dos Orixás que compõe a Tríade da Coroa do médium. Os demais banhos devem ser tomados sempre do pescoço até os pés (Exceto sob determinação específica de um guia, e mesmo neste caso devemos confirmar se entendemos corretamente o solicitado).