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BABOSA (Aloe vera)

cultivo CEUSCD

De origem africana, a babosa pertence à família das Liliáceas e é parecida com o cacto. Existem aproximadamente 300 espécies de babosa, mas a Aloe vera é a mais conhecida.

A caraguatá, como também é chamada, é carnosa, firme e quebradiça, recheada com um líquido viscoso e macio. Possui espinhos em suas folhas, as quais podem medir até 50 cm de comprimento. É típica de clima quente e solo bem drenado.

Rica em lignina, minerais, cálcio, potássio, magnésio, zinco, sódio, cromo, cobre, cloro, ferro, manganês, betacaroteno (pró-vitamina A), vitaminas B6 (piridoxina), B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3, E (alfa tocoferol), C (ácido ascórbico), ácido fólico e colina, esta planta pode ser utilizada de diversas formas, para vários fins.

No tratamento de queimaduras, ferimentos, inflamações, queda de cabelo e espinhas, a babosa é utilizada em uso tópico. Sua polpa pode ser utilizada como vermífugo e digestivo em uso interno e sua resina – resultado de mucilagem, após secagem das folhas – pode ser utilizada como laxante.

Ela auxilia, ainda, no fortalecimento do sistema imunológico e também no controle da diabetes,

uma vez que tem capacidade de controlar os níveis de glicose sanguínea.

Curiosidades:
Alguns historiadores consideram que a babosa é o grande segredo de beleza utilizado por Cleópatra, no antigo Egito e que ela era transportada pelos soldados de Alexandre, o Grande, como medicamento de primeiros socorros.

Antigos grupos indígenas mexicanos e da América do Norte utilizavam esta planta para tratamento da pele, cabelos e problemas estomacais. 

Uso ritualístico:

Não é muito comum o uso desta ervas em trabalhos ritualísticos, porém pode ser usada para Exú e Omulú na lavagem de seus assentamentos.

BOLDO Nacional (Plectranthus barbatus)

Nomes populares: Falso-boldo, boldo nacional, malva-santa, malva-amarga, boldo-do-brasil, boldo-do-reino, alumã e sete-dores.
Família: Labiatae /Lamiaceae.

Aspectos agronômicos:

Deve-se plantar logo após a retirada do ramo ( pedaços de ramos de uma planta-mãe ) e, de preferência, em período chuvoso, para facilitar a pega. Na ausência de chuvas, regar ddiariamente até a pega, e depois mais espaçadamente. Não é exigente quanto a solos. As folhas já podem ser colhidas poucos meses após o plantio ( a cada 4 meses ). Durante a floração, as folhas perdem parte de suas propriedades terapêuticas, por isso devem ser colhidas antes desse período. Parte usada: Folhas frescas.

Constituintes químicos:

Óleo essencial rico em guaieno e fenchona; contém ainda barbatol, barbatesina, cariocal e barbatusol.

OBSERVAÇÃO

Não se deve confundir o nosso boldo-nacional, erva aromática de 60-80cm de altura, com o verdadeiro boldo-do-chile ( Pelmus boldus ), árvore originária do Chile, de mais de 8m de altura. O boldo-nacional possui as mesmas propriedades do boldo-do-chile.

Uso Fitoterápico

Afecções hepáticas ( hepatite, cólicas, congestões, etc ), afecções febris, afecções gástricas, dispepsias, flatulência, obstipação, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica, insônia, ressaca alcóolica.

Outros usos

Das raízes de planta muito semelhante ( Coleus forskolli Briq. ) extrai-se o Forskollin , reagente empregado em técnicas farmacológicas especias.

Riscos

Pode produzir irritação da mucosa do estômago, se usado em doses elevadas. Parece apresentar efeito cardioativo.

Doses utilizadas

Uso interno

Chá por decocção, dosagem normal, atuando nas afecções hepáticas e vesiculares, e influenciando, assim, beneficamente a digestão. Sumo: amassar 2 folhas em 1 copo e completar com água . Tomar 2 a 3 vezes ao dia.

Uso externo

Chá por decocção, sob a forma de banhos, agindo como tranquilizante e proporcionando um sono reparador.

Tintura: 20g de planta fresca em 100ml de álcool. Tomar 20 a 40 gotas no momento do incômodo, ou até 3 vezes ao dia.

BOLDO BAIANO (Vernonia condensata)

cultivo CEUSCD

Nome Popular: alumã, aluman, árvore do pinguço, boldo, boldo baiano, boldo japonês e cambara guaçu e assa peixe.
Família: Asteraceae

Aspectos Agronômicos:

Propaga-se por estacas ou sementes, em viveiros, com espaçamento de 4 X 5m. O solo pode ser seco, pobre em nutrientes, leve e bem drenado.

Quanto a exposição ao sol, a mesma deve ser plena, tem preferência por climas tropicais e subtropicais.

A colheita das folhas deve ser feita quando a árvore estiver cheia, na medida da necessidade, ao longo do ano. Já as raízes, podem ser colhidas em qualquer época do ano.

Parte Utilizada: Folhas e raízes.

Origem: África

Aspectos Históricos: Usado na medicina desde tempos coloniais, o assa peixe vem sendo estudado há décadas pelos pesquisadores. No ano de 2000, a Fundação Oswaldo Cruz, que testou a planta em ensaios de laboratório e em cobaias animais, comprovou os efeitos analgésico e antiinflamatório da erva, dando origem a um novo medicamento, ainda não disponível comercialmente.

Uso Fitoterápico: Tem ação antidiarréica, aperiente, colagoga, colerética, diurética, hepática, desintoxicante do fígado, depurativa, tônico hepático.

É indicada para: ressaca alcoólica, bom funcionamento do fígado, estimular a secreção biliar, aliviar os sintomas da gripe, diarreia, cólicas, icterícia, abrir o apetite.

Riscos: Outras espécies do gênero Vernonia não apresentaram nenhum efeito tóxico, exceto um glicosídeo cardiotônico encontrado nas raízes de uma das espécies na África. Não se aconselha o uso prolongado da planta. A mesma pode ser abortiva.

Uso Interno

Infuso: 5 folhas por litro d’água. Tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições (contra diarréia).

Tintura: (aperiente) colocar 1 colher de folhas picadas para 1 xícara de álcool neutro 70º GL, deixar macerar por 3 dias. Tomar 1 colher (chá) da tintura dissolvida em água antes das refeições.

Maceração: 5 folhas em 1 copo d’água. Tomar 2 a 3 vezes ao dia (ressaca alcoólica), recomenda-se tomar antes e após a ingestão de bebidas alcoólicas.

Uso ritualístico: É utilizada no preparo de amacy para lavagem de cabeça, guias e petrechos dos orixás. Largamente usado nos trabalhos ritualísticos dedicados a Oxalá.

BOLDO–DO–CHILE (Peumus boldus)

É uma planta originária do Chile, é considerada uma árvore, pois quando adulta, atinge de 12 a 15 metros de altura. Apresenta propriedades estomáquicas, diuréticas e hepáticas.

Efeitos Colaterais: Pode ser abortivo e provocar hemorragias internas. Deve ser usado com cautela.

OBS.: O boldo em geral usado em excesso prejudica a visão.

Uso Energético: O boldo é a erva da paz. Ele é ótimo para os ansiosos, apressados, que se cobram muito, que não conseguem dormir pensando nos problemas do dia seguinte. Traz paz de espírito e longevidade. Trabalha com a nossa noção de tempo físico e com a pressa, e a sensação de que não temos tempo para nada. Organiza o ideal. É utilizada nos rituais de cabeça como o amaci para fortalecer a aura espiritual da pessoa. Usa-se macerado, puro ou com outras ervas. É uma erva fria, serve para esfriar a cabeça do médium. Ela é destinada ao orixá Oxalá e como tal deve ser colhida antes do nascer do sol para que seus efeitos energéticos e ritualísticos sejam completos.

O boldo plantado em casa trás bons fluidos, ameniza o ambiente e atrai a paz para seus moradores.

Outros Usos

  • Escalda pés – acalma e dá um sono tranqüilo.
  • Tintura mãe – Ajuda os muito exigentes com os outros
  • Banhos de macerado de boldo – Ajudam a acalmar crianças e adultos, também são ótimos para cuidar de neuróticos e doentes mentais agressivos.
  • Compressa de folhas de boldo piladas em pasta – Colocada no chacra coronário limpa-o e nos abre para as mensagens do cosmos; e no coração alivia a angústia

É comprovado o uso medicinal das ervas no organismo humano, mas agora podemos ter a opção de tê-las como curativas da alma. Por que?!! Porque elas são produzidas no maior laboratório elemental da natureza: a Terra.

      Observando-as e estudando-as sabemos em que situação usá-las. Poderá ser na forma de incenso, fusão, óleos, chás, endo que no caso de ingestão, deve-se sempre consultar um especialista, que será o melhor indicador de como usá-las corretamente.

      Muitos tem por hábito apenas ferver as folhas de determinada erva, para que seu vapor purifique o ambiente e a alma das pessoas que nele se encontram.

            Assim podemos relacionar a erva boldo com: energia contraída leva o ser a refletir sobre seus sentimentos e emoções reprimidas, que o levam a ter atitudes tempestuosas e impulsivas, principalmente a raiva contida, de maneira mais branda.